Amhaj

Para que possais trilhar a senda luminosa é preciso responder ao Chamado. Isso significa vencerdes provas, nas quais terão confirmado o vosso elo com a verdade e com a luz. Todos os seres, um dia, penetram essa senda e alcançam a Morada Celestial. Porém, eons se passam até que o ciclo se consume. Não vos intimideis frente ao mal. Não desafieis o inimigo. Não retardeis vosso caminhar pelo clamor do passado. A poeira dos tempos será lavada do vosso ser; novas vestes trajareis, e grande será o júbilo da libertação. Porém, nessa senda pisareis sobre rosas e espinhos, e devereis aprender o mistério do Bem. É tempo de justiça. É tempo de graças. Magnífico poder, o Irmão Maior se aproxima. Silenciai vosso coração e acolhei o grande amor. Tendes a Nossa paz.

Hierarquia

Thursday, November 17, 2011

Discípulo e Aspirante

A experiência de um ser que está saindo da condição de aspirar à luz e gradualmente entrando na condição de se transformar num portador da luz não deixando, por isso, de aspirar a passagem da condição de aspirante à de discípulo implica, o terminar do processo de atracção pela qualidade ética, moral e intelectual das ideias, e o início da experiência de contacto com a radiação. Um discípulo é um centro de magnetismo, um aspirante é um centro de movimento bem intencionado e um iniciado é um centro de potência.

A experiência de estar numa condição intermédia entre o nosso passado e a evidência de um serviço e de uma tarefa, cuja força de significado e poder concentrado, eclipsam qualquer outra experiência da mente e do coração, é uma experiência de intensificação e nós estamos passando por essa experiência. Usando a expressão “o homem comum”, o que se passa é que ele existe num vaso cujos diferenciais energéticos estão pré definidos pela Hierarquia, pelo seu carma e pela sua alma. Isto significa que não irá nunca contactar uma potência de treva, nem uma potência de luz para além de um certo raio, de uma certa intensidade. Um discípulo entra na experiência daquilo a que se pode chamar exotericamente o vaso aberto. Só se pode falar em discípulo porque existe uma ponte extremamente estável de transporte para dentro de nós de uma vontade, de um grau de amor e de um tipo de inteligência que a personalidade não consegue criar. A história de arte é uma experiência de vontade, amor e inteligência que a personalidade consegue por si mesma elaborar, aprender, desenvolver. A condição do discípulo é de rotura de limites, para cima, de expansão do corpo de resposta, de expansão da tela de ressonância, de expansão da capacidade de reconhecer refinamento, subtileza, presença e voltagem. Vocês simplesmente crescem.

Vamos tentar perceber o equilíbrio e a forma como nos deslocamos ao longo desta ponte que faz a ligação entre a condição humana comum e a de iniciado.

Vocês sabem que estão a caminho porque por mais que tentem sair, a ideia não tem consistência. Quando vocês se apercebem que existem pessoas à vossa volta que lêem, meditam, param para reflectir e aprendem a amar de uma forma não egoísta, mas constantemente essas pessoas estão vibrando em função daquilo que estão apreendendo e alternadamente não vibram em função disso, são portanto luzes vacilantes, essa é a vibração característica de um aspirante, ele vacila continuamente. O discipulado nasceu no momento em que tu sabes, para além de qualquer dúvida, de qualquer operação mental que tens encontro marcado com uma porta. Aquilo que era uma única esfera, que era a tua consciência constantemente tentando gerir o mundo do quotidiano e o ambiente exterior, quando tu sentes que se dá uma divisão invisível nessa esfera psíquica superior, e de repente metade da esfera é dedicada apenas ao facto de que tu tens encontro marcado com uma porta, quem sabe até com um porteiro, nesse momento tu entraste na verdadeira dualidade do discípulo.

A dualidade do homem comum é entre mais e menos prazer, entre dor e prazer, entre ter e não ter. A dualidade do aspirante é um conflito entre o fantástico prisma colorido do mundo e a luz concentrada branco radiante do seu ser interno. O discípulo vê o problema do aspirante, o aspirante não vê o problema. Por mais que o discípulo tente chegar à cegueira da etapa anterior a porta de retrocesso está-lhe vedada. A porta que fica na parte inicial da ponte que atravessa a margem da consciência comum, da margem de lá do iniciado, essa ponte tem portas e a primeira fechou-se. A condição média deste trabalho é de discípulos.

A dualidade do discípulo é uma dualidade entre dois universos, entre o gerir, funcionar, organizar uma realidade que não é ele, e com a qual ele não mais se identifica, isso forma a calote inferior da consciência e simultaneamente a nota de um discípulo é esta simultaneidade, enquanto que a nota do aspirante é uma alternância entre ilusão e realidade. A equação energética de um discípulo consiste em olhar para o mundo como uma selva com toda a sua beleza e todos os seus desafios e tentar organizar essa selva (não no sentido ecológico, mas no sentido de mistura de forças que se contradizem e anulam umas às outras) e o teu problema é fazer encarnar a luz que tu já contactaste. O problema de um aspirante é, lembrar-se onde é que fica a luz, lembrar-se de que a luz existe, a fidelidade e a construção dessa tensão são possíveis e o caminho até ao banhar-se na luz, até ter o Eros divino de que fala Platão, tem que ser percorrido.

O ritual no seu sentido antigo terminou ou não tem mais utilidade, significa que esse ritual é algo a que nós voltamos sempre que ficamos estúpidos, porque essa é a função do ritual, é lembrarmo-nos do centro e da periferia, então, voltamos aí, a recapitular o que já deveria estar impresso no nosso ser e depois regressamos à nossa condição básica que não é mais um problema de ritual momentâneo, mas como é que o grau luz contactado, encarna. Como é que isto começa a penetrar a calote inferior, ou seja, como é que o verdadeiro ser toma posse gradual da máscara e como é que os materiais que compõem a máscara podem ser drenados, queimados, martelados, até não estarem mais lá e este ser se transforma numa encarnação, no percentual que ele está destinado a ser de um princípio divino.

Que princípios encarnaram até hoje em nós? Encarnou um princípio físico que é o nosso ADN, um princípio emocional, aquilo que Blavatsky chamava “os deuses lunares” que compõem a mente inferior e principalmente todo o substracto emocional e de desejo. Se quisermos sentir desejo intenso, não é muito difícil, porque toda a memória da natureza e da constituição da forma como este planeta evoluiu, favoreceu o encarnar dessa força, favoreceu a estabilização desse elemental. Se quisermos sentir confusão mental ou organização mental, também não é difícil, isso faz parte dos aspectos do Universo que já encarnaram em nós. A nossa constituição humana e todo o espectro que entram na classificação: “é natural, é humano” “errar é humano”, “eu não sou de ferro”, tudo isso que é humano, válido, legítimo, faz parte de um velho deus. A obra, a construção desta manifestação é feita sempre pela mesma energia cósmica, e ela vai fazendo um preenchimento por andares. Com certeza que essa energia não começou por preencher o nível metafísico da possibilidade da Terra, começou por massas de gazes em fusão, por vulcões, físico denso, e essa gradação vai subindo até conseguir produzir este órgão que é o cérebro, que é só, no plano físico, o fulcro de toda a intenção criadora no plano físico, toda a organização da história natural. Desde aquela explosão inicial, traçando uma genealogia do comportamento da matéria, percebe-se que o processo é ordenado, é teleológico, caminha para um ponto, e o ponto no plano físico, aparentemente, é o córtex, portanto, nós somos portadores da incandescência divina no plano físico, só pelo facto que somos portadores do único órgão capaz de traduzir presença imaterial em consciência dentro da matéria. Ele é um transdutor entre dimensões, portanto, todos nós somos seres interdimensionais se nos compararmos às zebras ou ao líquen.

O único objectivo do cérebro é ele permitir que um princípio que já não é material, começasse a intercessionar-se na criação. A partir do momento em que o cérebro existe, a criação passa a ser dotada de mente, não tu, não eu, nós somos detalhes, é preciso ver isto de uma forma completamente abrangente. A mente divina entra em intercepção com a criação através destas películas coordenadas compostas por humanidades. Humanidades são circuitos para encarnar a mente divina, em extractos. O físico, o emocional e o mental, pertencem a uma página já escrita da criação, não representam obra, não são uma tarefa, tanto assim que não precisamos fazer manutenção deste estado humano, ele limita-se a ser humano, o que sempre foi nestas últimas centenas de milhares de anos.

O que está a ser criado é um novo Homem. Isto significa que um novo extracto do Divino está procurando encarnar na sua própria obra. Os princípios residentes no Homem precisam de recuar um nível, e de criar um espaço disponível para um novo princípio residente. O nosso problema é como fazer descer, de um forma gradual e estabilizada, uma presença interna que já foi contactada. A experiência de ter a consciência dividida em duas grandes calotes, é claro que existem imensos pontos de interpenetração, mas basicamente, existe uma luz interna contactada, que é tão forte, tão límpida, tão supra cármica, tão supra tudo, que as pessoas não se conseguem identificar com ela.

Até à 3ª iniciação este horizonte permanece. A 3ª iniciação gera uma transfiguração da consciência, um romper de várias das telas no plano etérico que impedem a descida integral da força e da presença, e a 3ª iniciação ou transfiguração, significa o garantir de que o que em nós era estritamente humano, passa a estar ocupado com o novo princípio residente.

A experiência de um discípulo é a de um aumento de intensidade entre opostos. Esses opostos têm leis, a própria tensão na qual vocês estão a ser colocados, tem leis. O primeiro oposto é tudo o que ficou para trás de nós e tem como quartel general o que os Indus chamam “sementes de pensamentos”, meta ideias e meta meta ideias. Estas sementes de pensamentos são hábitos da mente e que simplesmente caíram para trás da consciência. O nosso passado vive em nós sobre a forma de sementes de pensamento, e este passado está em tensão directa com o nosso futuro que é composto por vórtices ígnios, aos quais poderíamos chamar desígnios ou vértices ( não no sentido de uma energia que sintetiza a força de um conselho, mas como um fulcro que organiza completamente a aspiração da mente e a intensidade da resposta do nosso coração).

À nossa frente estão vórtices de energia incandescente, são desígnios. Então nós temos dentro de nós, activos, funcionando por electricidade polar, sementes de pensamentos, versus, desígnios.

Do lado de lá da ponte tens uma porta de bronze. Se a porta que se fechou por trás de ti é uma porta velha e antiga e que tem inscrições de todas as civilizações possíveis, o porteiro dessa porta pode ser encantador, mas tu sabes perfeitamente o que é que ele significa. Do lado de lá da ponte existe uma outra porta que já não é de bronze mas de luz e o porteiro é o teu mestre, as insígnias nessa porta são compostas por desígnios, a tua verdadeira função no Universo. A partir daquela porta o problema não se põe mais ao nível da lição a aprender, mas da lição a assumir, e é porque nós estamos destinados a atravessar esta ponte e a chegar à porta, e vivenciar as iniciações que nos estão destinadas, e é por estarmos destinados a isso que falámos nas funções, nas linhagens monádicas: guerreiros; contemplativos; governantes; espelhos; curadores; sábios e sacerdotes. Isto significa DAR. Isto é o que acontece quando um ser atravessa aquela porta. Ela não está mais recebendo do ambiente mas dando ao ambiente, contudo, ele não é uma entidade yang maciça e absoluta, que não receba nada, só que ele dá interactivamente, mas ele é essencialmente uma fonte de luz e de alimento espiritual para a evolução.

Este princípio que busca descer sobre os seres humanos contém o desdobramento da tua função como centelha. O desdobramento em intensidade e de uma forma que não admite resposta à tua função no Universo, isto é, o teu desígnio. E o discípulo está estabilizado entre a força das suas sementes de pensamento e a intensidade dos seus desígnios. No centro actua uma espécie de presente, uma vez que as sementes de pensamento estão ligadas ao nosso passado e os desígnios estão ligados ao nosso futuro, no centro existe uma espécie de presente composto pela equação indiferença/aspiração ardente. Em indiferença, eu entro em contacto com as minhas sementes de pensamento e eu começo a canalizar energia dessas sementes. Em aspiração ardente, eu entro em contacto com os meus desígnios e eu começo a canalizar energia de meta cósmica. Como vês a tua situação é de uma incrível simplicidade. Indiferença/aspiração ardente, ou eu durmo ou eu estou caminhando para o meu próximo estado de ser. Entre a aspiração ardente e a indiferença não fica absolutamente nada. Seria confortável nós conseguirmos dilatar o espaço entre estas duas condições para pôr qualquer coisa que não é carne nem peixe, mas isso é o problema do aspirante, não o do discípulo. O discípulo tem à esquerda para trás o mecanismo da indiferença, da sonolência, da repetição, e que tem como ponto central as sementes de pensamento e depois comuta e tem a radiancia pedindo resposta, isto significa a necessidade de estar em aspiração ardente - Agni yoga - a yoga do coração e da vontade em chamas e da mente absolutamente expansiva como uma circunferência que tudo inclui em compaixão implacável.
Estas sementes de pensamento são regidas pela lei de atracção de semelhantes, isto é, assim que tu permites cá fora uma vibração que corresponde às sementes de pensamento, tu já estás a atrair a energia delas para fora e elas aceleram e alimentam-se do que está a acontecer cá fora. A força desses meta pensamentos que nós não temos consciência, é suficiente para formar uma hierarquia de sonolência dentro de nós. Não estamos aqui a falar do mal, estamos a falar de caminhar ou ficar parado, que é bem diferente. Esta hierarquia de sonolência parte de uma zona negra composta por cinco ou seis ideias extremamente simples, que são os registos cármicos dos chacras abaixo do diafragma. Cada semente de pensamento, uma vez analisada, vai dar a um dos três registos básicos e em níveis muitíssimo profundos do processo, o que está lá em baixo chama-se medo. A estrutura do ego é composta por um núcleo de medo, com um sol negro feito de medo, com um anel gravitacional de defesas e territórios estabelecidos. É isto que permite a existência do ego.

Este medo começa a produzir diferenciações e as primeiras três são: medo de não sobreviver; medo de não ter; e necessidade de possuir. Este sistema solar tenebroso nos níveis ultra profundos da nossa psique, começou a ser posto em cheque pelas energias descendentes neste momento no planeta inteiro. Isto é, quando eles estão lá na Argentina e vêem uma frota de naves, ao entardecer, e entram num processo fenomenológico e ufológico, o que está a acontecer é que essas naves são confederadas, elas estão a reorganizar o éter do planeta, a mente colectiva e a memória ancestral da Humanidade. Naves confederadas são baterias de transmutação e transfiguração interdimensional. Então, os seres que têm contacto visual com um desses saltos quânticos pilotados, de repente ficam com uma energia muito alta durante uma semana. O que acontece é que o impacto de uma realidade que vem de níveis de não medo, dentro de uma realidade carregada de medo, quando elas aparecem, estão emitindo feixes cósmicos que funcionam como estabilizadores de uma potência cósmica que reside em certas estrelas, e fazem convergir a perfeição de planetas e sistemas que superaram o medo. Isso é feito por condutos dourados e prateados de concentração cósmica, que já não é feita por aqueles Irmãos extraterrestres mas por esferóides dourados que existem no centro dessas grandes naves (estamos a falar das grandes, não das pequenas), que são responsáveis por transmutar no núcleo. Esses esferóides dourados (são grandes esferas que existem no centro das naves) entram em ressonância com tudo o que é núcleo, coração, centrifugação e gravitação. Eles alteram as leis. Ora, como o núcleo deste planeta é medo, a presença de uma constelação portadora desses esferóides dourados em associação com os mundos intraterrenos, começa a drenar esse cavalheiro para outra zona do Universo onde ele seja útil. Quem sabe se o medo é útil num sistema solar que vai nascer, num sistema solar bebé?

Yogananda Paramaansa, Paul Brunton e outros que poderam fazer um trabalho de introjecção até entrar em contacto com a substância das próprias células, elas estão carregadas desse fluído nervoso ligado ao medo. Uma coisa que o Mestre Morya chamava interil, um fluído de irritação constante que está presente nas células a nível muito profundo, produz um hálito de vigilância para fora, para as regiões mais límpidas da consciência, elas estão, portanto, sempre a ser afectadas por esse hálito.

As sementes de pensamento conseguem amachucar, dobrar em oito, destruir, queimar os nossos melhores pensamentos e por sua vez, conseguem trabalhar numa direcção oposta aos desígnios, isto é, um pensamento que eu repeti durante milhares de anos (ex.: “não posso andar sem a minha espada”, é uma semente de pensamento), hoje em dia já não se trata de “já não posso andar sem a minha espada”, porque não há nenhuma guerra na sociedade civil neste momento. Então, em que é que consiste a espada? Consiste em mil sinais de defesa, do vocabulário, do timbre da voz, da roupa, deve ir parar ao telemóvel, provavelmente, mas tudo isso junto são defesas, sinais, pequenos escudos que ocupam um imenso percentual da energia psíquica por dia. Se nós tivéssemos consciência da quantidade de energia psíquica que gastamos, porque estamos sendo vitimizados pelas nossas próprias sementes de pensamento, iríamos perceber o que é esta lei de atracção de semelhantes, que inclusive coloca à nossa volta tudo o que corresponde a esses medos inconscientes.

A condição do discípulo é: ele sente a força das suas sementes de pensamento actuando, e simultaneamente, tem uma informação claríssima de que ele está ligado a desígnios e que o Mestre o protege, e enquanto nós estamos a meio da ponte, estas duas leis opõem-se. A lei de atracção de semelhantes que está ligada às sementes de pensamento, e a lei do desígnio que está ligada ao teu futuro e à porta à frente da ponte. A lei do desígnio anula o carma, ela actua da eternidade para dentro do tempo e a forma como ela actua é através da graça. A lei do desígnio não pode conter e é oposta a qualquer tipo de causa e efeito dentro do tempo, ela aguarda-te eternamente no umbral entre o tempo e a eternidade, e à medida que vou ancorando em mim vibrações mais subtis, vibrações de perdão, de compaixão, de inclusão, de bondade, de não radicalismo, de subtilização, de pureza interior, eu começo a deixar de ter âncoras no tempo. O tempo existe, a eternidade co-existe com o tempo. Estar no tempo ou na eternidade, é um problema de consciência.

O nosso corpo, até que se dê a sétima sub-raça da sétima raça, tende a morrer. É óbvio que no final da sexta sub-raça da sexta raça começa a não morrer, mas até à sétima sub-raça da sétima raça, que é quando a mãe do mundo encarnar completamente na substância divina e a memória e o hábito de morrer forem expulsos e a vida sistémica ancorar integralmente na substância viva para não mais abandonar, morrer faz parte do processo. O meu corpo está no tempo e até à sétima sub-raça da sétima raça, que é uma raça de avatares, ele decompõe-se. Há aí uns seres que estão a começar a fazer experiências de anulação da hormona do envelhecimento a partir do contacto com avatares em órbita, então, vamos ver o que é que acontece, mas isso é um parêntesis.

A minha consciência e a minha capacidade de fruir o real, não estão limitadas ao meu corpo e muito menos tem que ficar definitivamente no tempo. Isto significa que o contacto e a experiência directa com o circuito da eternidade, está disponível.

Para que eu me possa transladar em consciência para a eternidade, preciso de largar as âncoras que me prendem ao tecido do tempo. Quando se fala em perdão, consciencializamos coisas caseiras com a vizinha e com a prima, elas fazem parte da questão mas este perdão que nos liberta do tempo e nos funde na eternidade, é aceitar a condição planetária, é trazer a Terra para dentro do coração e aceitá-la tal como ela está. Começar a desgravitar, significa começar a desligar das âncoras do rancor, do não perdão, de ter algo contra alguma coisa.

Existe um processo de reconciliação em curso, mas ele tem que ser da nossa consciência para com esta sub realidade em que nós vivemos. Uma reconciliação tão poderosa que tu passas a ser um injector de luz e não uma vítima. Nós já temos condições de estabelecer contacto com estas fontes mais altas, porque a condição de discípulo existe, e à medida que tu aprendes a receber, a qualificar, e a transmitir luz, tu és transportado ao longo da ponte.

Como é que eu desalojo as minhas sementes de pensamento? Primeiro, o remover das sementes de pensamento tem vários níveis e um nível é tão instintivo como o medo de javalis, que pertence a uma outra regência, alguma coisa do ser interno tem que actuar ali e expulsar aquele medo definitivamente. Como é que então eu desalojo as sementes de pensamento que me é possível desalojar? O contexto para lidar com as nossas próprias sementes de pensamento é um contexto de auto reverência. Eu preciso de rever a relação que tenho comigo próprio e aprender a ir ter comigo numa outra lógica. Eu já sei o que eu sou como cozinheira, como pintor, como mãe, isso não é a relação que é possível estabelecer connosco mesmos, para penetrar nestes níveis mais profundos. Eu preciso desenvolver o portal interno da suprema reverência à minha realidade total. Esta esfera de compaixão carmim tem que ser, antes de mais nada, desenvolvida para connosco mesmos. É necessário expulsar o demónio da auto rejeição, e reorganizar isso porque tu amas, quer queiras quer não. O ser humano não pode não amar, isso a que se chama ódio, ou o que se pode chamar a experiência hitleriana de alcatroar o coração, eles não deixaram de amar por isso, eles simplesmente alcatroaram tanto, que ficou negro, não passa. O vosso coração ama por desígnio, ele ama perfeitamente. Como é que eu começo a expulsar o demónio da auto rejeição? Como é que eu começo um processo de auto reverência profunda? O amor que está dentro de ti, dirigi-se automaticamente a ti mesmo, em primeiro lugar. Esse amor no centro do coração, primeiro ama o próprio centro de si mesmo, ele ama o amor. Quando as pessoas dizem: “Eu” para onde apontam? Para o centro do peito, e este centro é o centro de emissão do coração, porque eu, coração e amor perfeito são a mesma coisa! A expulsão deste demónio, que é uma espécie de fumo de alcatrão que nos separa de nós próprios, dá-se pelo contacto com este amor no centro. Enquanto eu estou vibrando, querendo, concentrando-me numa vibração que não me coloca em contacto com o amor perfeito dentro de mim, eu vou sentir que ele está lá, mas que eu não me consigo planificar com ele. Isto é alegria de existir e não acontece se eu estou a vibrar numa fase que não me permite o contacto com essa verdade central.

Estabelecer uma atmosfera de auto reverência, significa mudar de veículo na consciência, por isso é que as pessoas precisam de se sentar, cruzar as pernas, pôr música, pôr incenso, para fazer uma coisa extremamente simples que é: sair da sua vibração beta e entrar em alfa e começar a sentir a candura e a verdade central.

A atmosfera de auto reverência, é aquela na qual eu tomo consciência de cofres herméticos concêntricos dentro de mim e eu sei, para além de qualquer dúvida, que o meu sentido de identidade e a minha alegria cósmica residem em níveis cada vez mais profundos e em cofres cada vez mais secretos. A auto reverência é a criação de uma plataforma de atrito zero de forma que os elementos que me constituem comecem a vibrar em sintonia com a jóia que cada um dos cofres contêm, eles podem então abrir-se. É um trabalho de preparar-se para a revelação de si próprio. Não há saída!

Tu dizes: “Era um guru fantástico! O meu guru! Eu ia com o guru. Tocava pandeireta com o guru” e um dia o guru tinha uma conta na Suíça, que grande desapontamento! Este não te vai desapontar, este lá no centro, é finalmente o guru que tu estavas à espera e que precisa que te relaciones com ele com auto reverência. Como é que eu elimino as minhas sementes de pensamento? Eu preciso de gerar uma atmosfera de auto reverência, que conduz a uma atmosfera de autenticidade. Esta autenticidade precisa de se instalar em nós de forma que, quando tu te relacionas com os outros, a vibração que passa por ti não tem que ser filtrada por mil protocolos, tu simplesmente dizes: “o que eu estou a sentir agora não é compatível com a tua festa de anos”. É claro que isto vai fazer com que vás ficando só para um nível, mas num outro plano tu começas a atrair todos os autênticos que estão disponíveis, que não são poucos! A autenticidade leva-te a um estado de estar desperto para além das forças que te mantinham adormecido.

As sementes de pensamento são abolidas através da energia da sinceridade que penetra até ao fundo do pensamento, onde nós, preguiçosamente, deixámos de elaborar. Nós elaboramos por camadas de uma maneira geral muito superficiais, mas há camadas de pensamento mais profundas, nas quais nós não elaboramos mais por distracção, por sonolência e é aí que temos que chegar, avançar com a nossa sinceridade, com a nossa autenticidade e a nossa auto reverência para dentro da zona que se tornou imóvel no nosso pensamento, até eu poder dizer: “que direito é que eu tenho de manter estes pensamento dentro de mim?”. As sementes de pensamento vão começar a vir à luz dentro de mim. Velhos rancores, medos, hábitos, tendências, angústias, todo esse material bolorento começa a vir à luz, mas é a tua sinceridade que pode trabalhar isso, porque foi a nossa sonolência ou ausência de sinceridade que fez com que eles caíssem para trás. Isto implica, quase renascer no plano mental, então tu vais permitindo que esse material obscuro venha ao de cima até dizeres: “Já está tudo limpinho”. Como é que eu posso detectar as minhas sementes de pensamento? É simples! Cada vez que estás irritado, com medo, que não estás alinhado com o teu ser interno, por trás está uma semente de pensamento. As nossas atitudes são a floração de sementes mais profundas, e cortar por cima é fácil, só que dois dias depois cresceu outra vez, e é fácil porque eu não tenho que entrar em auto reverência, não tenho que me transformar num sacerdote da minha própria consciência.

À medida que o discípulo entra numa verdadeira activação do caminho, a força das sementes de pensamento aumenta, porque esse material é excitado pela luz que o Mestre está a abrir à tua frente. Então tu estás na ponte, o Mestre abre a porta, dá-se o jacto de luz, tu contactas o desígnio, a lei do desígnio começa a actuar, a tua vida começa-se a simplificar, começas a ficar fiel a um caminho e começas a saber ouvir e a saber responder. E quando tu menos esperas, dizes: “mas o que é que me prende?” É então que começas a sentir a força recém activada dessas micro auto programações.

A sinceridade é, só por si, uma vitória sobre as sementes de pensamento, mas além disso a sinceridade é a única estratégia para desalojá-los até que eles venham cá para fora, tu começas a ficar desenraizada do passado.

O próprio hábito de pensar que nós somos os nossos hábitos, é o primeiro que tem que ir embora. Nós somos entidades que vêm da luz servir num cosmos em evolução, nós temos um potencial de fusão com monitores trinos (mónada), a partir da 3ª iniciação, esses monitores trinos são potenciais de divindade sem limite - nós temos o potencial de fusão e a mónada tem o potencial de divindade -, o que nos prende são âncoras, pesos, gravitações, que é muito simples desalojar, é só começar a ser mais sincero e menos dúbio perante nós próprios.

Este trabalho diz respeito à formação de curadores. Todo o curador que está sendo formado, a uma escala cósmica, pelos centros de curadores que não existem no plano físico, é um atribuidor desta sinceridade. Esta energia de cura não actua a partir da alma como a energia de cura ligada a todo o fenómeno da “new age”, desde os anos 50 até hoje essa é a energia de cura ligada à vibração - as mãos, a voz, o abraço, os suportes fitotrápicos e homeopáticos. A formação de um curador lida com radiação e não vibração, e a radiação é o que surge quando os três raios principais entram em fusão. O 1º Raio funde-se com o 2º Raio, e esta fusão actua sobre o 3º Raio, a deslocação de energia já não é por ondulação mas por traços directos. O veículo em nós capaz de saturar-se com esta energia de radiação monádica e passá-la para os éteres exteriores, não é o 1º Antakarana, o que liga a personalidade à alma, mas o 2º Antakarana ou corpo de luz, que liga a alma à mónada, este é que é o veículo espelho de transmissão desta energia de radiação.

O trabalho de um curador consiste em estabelecer uma tela de luz invisível, baseada na qualidade da relação que ele tem com o seu núcleo interno, e que, obviamente, tem que ser verificada pela relação que ele tem com os outros - um ser que está em contacto com o seu núcleo interno não magoa ninguém, ou então, quando magoa, é porque actuou o 1º Raio.

A expulsão destes núcleos conscientes e semi conscientes de medo, de incerteza quanto à realidade e de demissão de uma absoluta correcção mental e do comportamento, faz-se através de uma sinceridade concentrada.

Por André Louro de Almeida                25/06/1999

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